Polícia Rodoviária Federal estará nas principais vias de acesso à folia.
Na nova Lei Seca, motorista flagrado pode responder por crime de trânsito.
Como já é prática comum nos feriados prolongados, a fiscalização da Lei Seca vai ser intensificada durante o carnaval em todo o estado. A operação vai estar nos principais corredores que dão acesso aos grandes polos de carnaval no Recife, no interior do estado e acesso às praias do litoral Norte e Sul. "A Polícia Rodoviária Federal [PRF] vai intensificar a fiscalização com a presença de viaturas em trechos considerados críticos", afirmou o policial rodoviário Alexandre Leite em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta sexta-feira (8).
O Governo de Pernambuco pretende realizar 66 blitze em todo o estado e montar 22 pontos de bloqueio a mais que o carnaval do ano passado. As rodovias vão contar com pontos de bloqueio itinerantes e os motoristas que forem parados receberão orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis, uso do protetor solar, alimentação saudável e doação de sangue. Também serão distribuídos cerca de 15 mil folders, 3 mil cartazes e 7 mil copos de 200 ml produzidos pela Compesa, para incentivar a ingestão de líquidos para hidratação nos dias de sol forte.
De acordo com Alexandre Leite, a intenção é que os motoristas percebam a presença da polícia nas rodovias e respeitem as leis de trânsito para diminuir a quantidade de acidentes na BR-101, BR-232 e BR-104, principais acessos para o interior do estado. "Essa fiscalização está sendo intensificada nítidamente agora no carnaval, feriado tradicionalmente relacionado ao consumo de bebida alcoólica", explica o policial.
Para o coordenador executivo da Operação Lei Seca em Pernambuco, tenente-coronel André Cavalcanti, o motorista precisa de uma constante campanha de conscientização. "Vamos fazer um trabalho muito forte. O folião precisa saber que ele tem que ir pra folia e voltar pra casa são e salvo sem nenhum acidente de trânsito", declara o coordenador.
O tenente-coronel explica que este é o primeiro carnaval sob a nova resolução da Lei Seca, que diminuiu o nível de tolerância alcóolica e faz com que as mínimas ingestões de álcool sejam captadas pelo etilômetro, mesmo aquele bombom de licor ou o enxaguante bucal com álcool. No entanto, nestes casos específicos, a pessoa pode se explicar aos agentes. "O condutor pode fazer o que chamamos de reteste, que é avisar ao policial que utilizou o enxaguante bucal ou comeu o bombom de licor. Nós aguardamos cerca de 10 a 15 minutos e refazemos o teste. Se for só isso mesmo, o teste vai dar zero na segunda vez", explica André Cavalcanti. Ele detalha que o bafômetro só registra álcool nestes casos se a utilização do enxaguante bucal, por exemplo, for feita imediatamente antes da realização do bafômetro.
De acordo com a Tolerância Zero da nova Lei Seca, quem for flagrado realmente dirigindo sob efeito de álcool, com sinais visíveis de embriaguez ou o bafômetro marcar entre 0,05 e 0,33 milímetros de álcool por litro de ar, sofrerá punição administrativa. O condutor será notificado e vai precisar chamar outro motorista para levar o veículo, além de ter a habilitação suspensa por um ano, sete pontos na carteira referentes à infração considerada gravíssima e multa de R$ 1.915,40.
De acordo com o tenente coronel André Cavalcanti, caso o nível de álcool esteja acima de 0,33 mg por litros de ar, além da punição administrativa, o condutor será levado à delegacia e autuado por crime de trânsito. No exame de sangue, o condutor pode ser punido por qualquer quantidade de álcool.
Fonte: G1PE
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