Cuiabá é a cidade mais quente
do Brasil e a liderança nesse
ranking pode ser comprovada pelos
dados do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe), que
possui um posto de observação na
capital mato-grossense. Até agora
nenhuma outra cidade do país alcançou
os índices confirmados pelo
órgão. Teresina (PI), com 39ºC,
e Corumbá (MS), com a mesma
temperatura, mas, oscilando entre
39ºC e 40ºC, e Palmas (TO), foram
as outras cidades que mais se aproximaram
dos números de Cuiabá.
Cada uma delas tem uma característica
diferente. Cuiabá, por
estar a apenas 120 metros do nível
do mar e encravada entre vales,
disparou na frente nos últimos 40
dias, graças à estiagem que já dura
quase 2 meses e as intervenções
humanas que provocaram alterações
no ambiente local. Ou seja,
as incontáveis construções de empreendimentos
imobiliários, somada
à necessidade de pavimentação
com asfalto ou concreto e à
emissão de gases de um número
crescente da frota de veículos -
média de 3 mil a cada mês -, transformaram
a “Cidade Verde” numa
panela de pressão.
Mas as diferenças
de temperaturas variam muito
dentro da própria cidade. Basta
passar pelo entorno do Parque
Mãe Bonifácia, na avenida Miguel
Sutil, no começo da noite ou na
madrugada para perceber. Lá, a
temperatura despenca de 30ºC na
região central para 22ºC, 25ºC no
máximo. Situação bem diferente
da “Boca da Onça”, local chamado
pelos ambulantes, no cruzamento
das avenidas Tenente Coronel
Duarte (Prainha) com a Generoso
Ponce (Isaac Póvoas).
No lugar,
por onde circulam cerca de 70
mil veículos por dia, o asfalto chega
a quase derreter, com 56ºC no
piche, diante dos 39ºC cravados
no termômetro ambiente.
A previsão para os próximos
dias para a Capital é de mínimas
entre 26ºC e 27ºC, com a máxima
de 37ºC e sem chuva. Apesar do
clima escaldante, a diretora do 9º
Distrito de Meteorologia, com sede
em Várzea Grande, acha “normal”
a onda de calor. “Nesta época do ano sempre
ocorrem essas altas temperaturas
em Cuiabá, é normal para nós
cuiabanos”, diz Marina Padilha,
justificando em seguida que não há
um acompanhamento comparativo
com as demais cidades no órgão
regional.
Fonte: Site o Documento
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